A luz do sol pintada na tela mais velha!: Confissão perpetua

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Confissão perpetua


Tenho sempre um cigarro aceso
Um copo de vinho na mesa
Uma mulher num canto
De lado uma vela acesa
Tenho sempre uma dor
Um retrato do infinito
Uma palavra de amor
Um poema mal escrito
Tenho sempre um isqueiro na algibeira
Uma lata de conserva em mente
Fome de alguém no momento
Água pra beber numa ribeira
Tenho sempre uma melodia no ouvido
Um susto pra me agoniar
Um nervoso miudinho no corpo
Vontade de te amar
Tenho sempre…
Sede se não tiver bebida
Fome se não tiver comida
Sempre algo pra tapar minha ferida
Só não tenho é sempre…
Saída!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

As saídas existem, por muito escondidas que por vezes parecem, há sempre, nem que sejam feitas pelo tempo.
Felicitações pela tua poesia. Sinceramente nunca foi do género de leitura que me despertasse uma atenção em particular, excepto alguns autores como Florbela Espanca, Bocage e Alexandre O'neil. Achei particularmente interessante o teu tom melancólico.
Gostei da tua criatividade, não tenho nem metade do talento para me expressar por palavras, penso que por vezes seria melhor ter nascido muda, mas felizmente que existem outras "saídas".

21:18  

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