A luz do sol pintada na tela mais velha!: dezembro 2008

terça-feira, dezembro 23, 2008

Ela...



Era ela
Caminhava em círculos no infinito
Guardava sorrisos na algibeira
Era ela
Falava só pela manhã
Fugia do sol como da chuva
Era ela
Largava segredos num só grito
Tocava tuba na ribeira
Era ela
Mordia sonhos como maçãs
Descascava sementes num só monte
Era ela
Lançou sempre a razão para longe
A certeza sempre incerta
Era ela
Cuidava-se ao espelhar da água da fonte
Reluzia como estrela em noite escura
Era ela
Ficava sentada na berma cantando
Dançava em rodopio sempre alerta
Era ela
A lua que luzia sob meu espanto
O raio que aos meus olhos era meu encanto
Era ela
Ela
A flor mais bela
Era ela

(tu)

Passou-se...



Sabemos certo que ambos somos errados
Perdemos tectos que se movem por todo o lado
Sorrimos lágrimas onde o sol secou a fonte
Choramos mágoas em descanso debaixo da ponte
Sabemos nada sobre o vento que passa
Olhamos a estrada e corremos sem que nada se faça
Pedimos sombra porque a noite queima a dor
Cansamos medos em jóias sem valor
Contamos medos em sussurros violentos
Corremos enredos nas somas dos sonetos
A verdade é louca no tropeço da saudade
A sorte é pouca a viver de ansiedade
Somos encaixe de curvas em resposta à nossa vontade
Somos frescura em tempo seco numa só cara metade

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Era... Um sonho!




Eras tu que acreditavas que me vias
Poderia eu ter as asas do diabo?
Eu que não acreditava no que estava a ver
Sei que era eu que não te podia esquecer
Era eu a querer me lembrar sempre de ti
Eu a sentir-me indefeso nos teus braços
Era como um céu que te abraçava
Era como uma corda que nos entrelaçava
Era o sonho que juntava nossas mãos
Unia os dedos entrelaçados numa só sombra
A lágrima que escorria no rosto era emoção
Os olhares que se cruzavam era paixão
Existia o abraço de olhos cerrados
Sentia-se o primeiro arrepio de dois corpos colados
A verdade era sussurrada pelo momento
O acto era movido pelo sentimento
Dois lábios tocavam-se timidamente
Era o beijo que se desfalecia em ternura
Eram dedos que deslizavam no rosto em forma de abraço
Eram sensações harmoniosas num só laço
O silêncio fazia-se sentir em gestos de carinho
Os corações batiam forte num só caminho
Era o segredo que subia átona de água
Foi o sonho que por momentos afogou a mágoa

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Remedio SENTIR!



Solta-te e faz do tempo a promessa
Os segundos são horas passadas
Os risos são reparos da natureza
Os suspiros são almas pesadas
As regras são motivos de dança
O sol se esconde para te ver passar
Caem lágrimas em forma de esquiços
Sopram ventos em teu amar
Grita e sobram dedilhados de ternura
Amor que separa o medo na escolha
Grutas que escondem clareiras endiabradas
Gotas que deslizam folha a folha
O remédio está no beijo sagrado
Ao toque efémero da loucura
Unem-se formas de toques profundos
Trocam-se sonhos de forma pura
No tempo que correm vozes sentidas
Escutam-se momentos sóbrios de loucura
Desabafam-se verdadeiras obras de arte
Descolam-se palavras de ternura
A mão estende-se em teu redor
O frio espalha-se no espaço cru de cada mente
Arrepiam-se corpos em artes contemporâneas
Beijos soltos ao sabor da corrente
Apetecia-me ser eu a provar maravilhas
És tu que me sopras pra longe
Sou eu que fujo pra perto
Somos trajes da vida ao descoberto
Somos quem sente e quem sente está certo!

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