A luz do sol pintada na tela mais velha!: junho 2006

sábado, junho 24, 2006

Sinto o que sentes com vontade de repetir...



Numa frase estonteante
Divulgo a minha sede na tua
Num momento brilhante
Dispo-me na lua
Entrelaço-me no teu corpo
Como fio que se emaranha
Como se o espaço fosse pouco
Onde a tua mão me arranha
Trinco a carne fresca que carregas
Com delicadeza e ternura
Abro alas no caminho que me levas
Preso na cela mais escura
Batalho num só sentido
Possuido por sons carnais
Segredando-te ao ouvido
Movimentos doceis e sensuais
Sussurro-te o que me vai na mente
E tudo o que sinto deixo explodir
Sensação conhecida mas sempre diferente
Com o prazer de voltar a repetir...

terça-feira, junho 20, 2006

Longe...



Longe de tudo
Longe de todos
Cabe em mim a solidão
De um sonho esquecido no asfalto
Longe do espaço
Longe da terra
Perto do mar
Dentro da guerra
Longe de mim
Longe dos meus sentidos
Vagueando no deserto da vida
Tropeçando nos buracos mais profundos
Longe de ser eu
Longe de ser quem fui
Vivendo devaneios vassaladores de dor
Escutando um amor sem cor
Longe do regresso
Longe de estar perto
Disperso de toda a felicidade
Cansado do que dizer em saudade
Longe do sol
Longe do céu
Grito para aliviar as penas
Sacudo as asas para bem longe
Longe...
Muito longe...
Apetece-me...
Longe...

sábado, junho 17, 2006

Se eu tentar a olhar...



Se eu tentar olhar
Sem sequer te imaginar
Posso tentar pensar
Naquilo que reflecte o meu olhar
Se eu tentar perceber
Sem sequer chegar a querer
Fico sentado a ver
Incrédulo ao prazer
Se eu tentar falar
Sem querer...vou-me magoar
Posso até não me calar
Posso não te fazer escutar
Se eu tentar dormir
Deitado é mais dificil cair
Em teus braços tentar sorrir
Um sonho a mais antes de partir
E se eu voltar a parar
Não me importa o que vão comentar
A formula para me fazer cansar
O sol que não me deixa brilhar
Se eu tentar a olhar...
E se eu tentar a olhar?

segunda-feira, junho 12, 2006

Amar tão diferente



Segura-me na mão
Cai no meu sonho
Abre o teu coração
Agarra o momento risonho
Trava-te de razões comigo
Leva a tua avante
Tens sempre o meu ombro amigo
Estejas perto ou distante
Abraça o meu olhar
Fixando-o levemente
Deixa-me levantar
A vontáde sorridente
Revela-me o teu sonho antigo
Cansádo de tão relembrado
Não me vejas como um perigo(ou inimigo)
Mas sim, alguém ao teu lado
Brilha de sede amiga
Em tempo de seca d`água
Manda-me fazer só algo que eu consiga
Não me mandes ficar com mágua
Com mágua fico sempre sem querer
Sentindo...
Assistindo...
E ouvindo aquilo que me incomoda
Por favor...
Não deixes isso me acontecer
Não quero a minha alma com uma nódoa
Eu sei qual é o teu objectivo
Zélo por ele e por nós
Não te quero tratar por um adjectivo
Quero sim ao nosso amor dar voz
Lava a tua mente
Com sabão de tranquilidade
A nossa situação é quente
São circunstâncias de igualdade
Respeita o que te diz a vida
Apimentando a tua vontáde
Nunca digas que não temos saída
Não podemos é sentir saudade
Por isso estamos tão bem
Únidos fortemente...
Igual não há ninguém
A amar tão diferente

sexta-feira, junho 09, 2006

Olho...



Olho as estrelas
Olho a noite cintilante
Olho o céu
Olho uma recordação distante
Olho o infinito
Olho o negro envolvente
Olho a lua
Olho o meu amor carente
Olho o sonho
Olho a vontade
Olho para tentar te ver
Olho para matar saudade
Olho e espero
Como espero o teu olhar
Olho sem ver
Olho ao luar
Cansádo de não te ver
Desesperado com o meu olhar
Olho para me despedir
Olho para me ir deitar
Olho e...
Amanhã espero voltar a olhar
Olho o medo de sentir
Olho o perigo de acordar
Olho...

domingo, junho 04, 2006

Vela



Quando fores a luz do meu candeeiro
Pintar-te-ei no meu altar
Tentarei descobrir o nome
Da sombra que me quer assustar
Vou esculpir as minhas garras pintadas
No seio da verdade
Ouvir frases inacabadas
Da ferida que com álcool arde
Penso no calor do gelo
Que me queima como a água
Na coruja sem pêlo
Que sozinha afoga a mágua
Tentei ver-te luzir para mim
De uma forma pura e um ar sério
No que toca a uma historia sem fim
Do renascer de um novo império
Lambe-me o rosto de uma forma ternurenta
Tu consegues fingir-te frígida
Chupa-me o sangue da veia cinzenta
Morde-me a ordem fingida
Tens uma forma bruta de entrares em mim
suculenta e apropriada no momento
Eu amo a tua carne assim
Onde se enquadra o meu sentimento

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