A luz do sol pintada na tela mais velha!: outubro 2006

segunda-feira, outubro 30, 2006

A chuva que só eu senti, molhou-nos aos dois...



Uma mão enroscada em corpo nu
A minha que te percorre os sentidos
Um acto de desejo e amor cru
Uma chuva de sentimentos esquecidos
Um rolo que me amassa no tempo
Uma voz que nos separa das cores
Um sopro que se transforma em vento
Um rosnar que nos alivia as dores
Em alta velocidade te escuto
Em alta velocidade te peço
Sem pressa por mim luto
Há pressa... por ti esqueço
Há sombra... proclamo a dor
Ao frio respiro de ti
Em sonhos fazemos amor
Há chuva... que só eu senti
Aos pingos... que sou eu sem ti
Envolto de águas bravas
Em buracos que só eu caí
Que para me agarrar não estavas
E esqueço os momentos que nunca houve
Perdoo-me por isso a toda a hora
Um coração que nunca soube
Despedir-se antes de ir embora
Navego entre folhagens de um sorriso
Que me lanças no desejo
São só vontades que não passam de um aviso
Deixo-te um beijo
Nada mais posso querer
Nada mais merecemos
Nada que em mim possas ver
Um amor que não conhecemos

terça-feira, outubro 24, 2006

Passo...



Começo do inicio
Leio só o fim
Uma questão de principio
Um hábito que habita em mim
Livro-me da razão
Entro fora de contexto
Respiro em vão
Como forma de pretexto
Abrigo-me em latas de conserva
Flutuo na terra que me ignora
Desfaço-me num brilho que me enerva
Dispo-me e saio porta fora
Espero pela noite que me envergonha
Pelo risco que me espanta
Pelo momento em que se sonha
Pelo medo que se levanta
Aparo silêncios repartidos
Entre estilhaços de sons ofuscantes
Luzes em toques perdidos
Amores em danças distantes
Vivo em frutos de sangue queimado
Percorro veias de suor com calma
Sinto-me preso a algo estragado
Sinto a falha de travões na alma
Quero parar e não consigo sair
Quero fujir e não consigo ficar parado
Quero entreter-me mais a dormir
Quero acordar sem estar deitado
Não consigo explodir mesmo tirando-me a cavilha
Corro de joelhos ao teu abraço
Sangro do corte de luz em matilha
Uivo canticos sem saber o que faço
Devolvo a ti o meu abraço
Canso em mim o próximo passo
Apresento a ti a escolha que faço
Devolvo a ti o meu abraço
Só mais um passo
Nunca farei aquilo que faço
Envolvo-te no meu laço
Reservo caminhos que traço
Abraço...
Devolvo a ti o meu abraço
Passo...

quinta-feira, outubro 12, 2006

Serão... Pontos de interrogação (???)



Será?
Será que as árvores que acolhem os passaros me abrigam dos medos de poiso que em mim reinam?
Será?
Será que os sons que me envolvem dançam comigo em tempo incerto?
Será?
Será que um dia eu estarei certo na razão do oposto?
Será?
Será que posso olhar o céu sem correr riscos e sombras de cor?
Será?
Será que os ventos sopram mais forte se eu remar contra marés?
Será?
Será que o sol brilha se eu gritar por ti no infinito da recordação?
Será?
Será que a roupa que visto me despe por dentro e torna tudo a olho nu?
Será?
Será que os olhos que vejo brilham por sonhos perdidos?
Será?
Será que quando te visito me escondo por trás de um corpo que me parece... eu?
Será?
Será que posso contar verdades para esconder uma mentira?
Será?
Será que terei tua mão em toque incerto?
Será?
Será que terei resposta pura numa lingua traiçoeira?
Será?
Será que me entendo em reparo dos meus sentidos?
Será?
Será que me ouves ao ouvido que grito por ti?
Será?
Será que sentes a minha refeição de mente em teu perfume de encanto?
Será?
Será possivel que para onde olho te vejo num canto?
Será?
Será que te posso beijar de olhos vendados amargurados ao passado?
Será?
Será que me posso despedir de ti sem te dizer adeus?
Será?

quinta-feira, outubro 05, 2006

...pintada na tela mais velha...



Desenho em cartão
Teu corpo deslumbrante
Tuas formas são o meu carvão
Que manejo suave e deslizante
Minha tela emana luz do teu olhar
Desejo de te sentir
Onde te pinto no meu altar
Onde te vejo a sorrir
Espero por ti aqui
Entre linhas do teu ser
Suavemente entras em mim
Entras na minha linha de prazer
Sugo-te para o papel
Acaricio-te a alma
Imagino-te mel
O doce que me acalma
Deixo-te sentir
Faço-me sentir
Deixo-me despir
Faço-te te vir...
Ao meu encontro
Ao teu encontro
À hora em ponto
A um novo conto
Não serei só palavras
Não serei só o teu medo
Serei o desenho de todas as máguas
Que no amor chegam cedo...

(Hoje apeteceu-me "pintar" assim...Não me apeteceu escrever e pensar no que estava a escrever...Simplesmente me apeteceu escrever o que me vinha à cabeça, mesmo como eu gosto de escrever...O que me vem à cabeça!
Hoje foi assim... Amanhã e depois será igual...
Peço desculpa a todos/as que me lêem por qualquer coisa que vos "toque" ou por não vos "tocar"...Não é essa a minha intensão...Faço-o por prazer...
Quero deixar bem claro que não sou louco, mas sim alguem que é muito pouco neste mundo...
Obrigado a todos/as!
Amo-vos como sempre!)

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