A luz do sol pintada na tela mais velha!: novembro 2008

quinta-feira, novembro 27, 2008

O que sei é que nada ou pouco sei... Imagino!



Sei que pensas de mim estranhamente
Sei que voas pra longe na historia
Pensei que sobrasse linha na semente
Achei que tua língua sopra gloria
Eu sei que nuvens tapam brilhos meus
Eu sei que nuvens crescem em teu olhar
Pensei que fossem sonhos meus
Achei que minha luz me fez calar
Eu sei que na terra sou ausente
Eu sei que na lua estou distante
Pensei que era bom lentamente
Achei tua voz apaixonante
Eu sei que sou fraco na razão
Eu sei que tremo no momento
Pensei que havia lugar no coração
Achei que havia sentimento
Eu sei que na verdade seremos mar
Eu sei que no medo reagimos tarde
Pensei que no espaço íamos navegar
Achei a labareda que em mim arde
Eu sei que na vida somos escravos
Eu sei que na rua somos tantos
Pensei que na rama floriam cravos
Achei que mundos fossem espantos
Eu sei o que pensas do que achei
Eu sei que pensei do que não sei
Pensei do que eu sei
Eu sei que nada sei


Só sei que em ruas estreitas podemos não passar lado a lado mas sei que vamos juntos…
Posso chamar de ruas às nossas vidas? Adoro o cheiro da liberdade...

quinta-feira, novembro 20, 2008

Espera no espaço



Surpreso
Envolto de sede de ti
Chegaste
Sonho que pedi
A tua pele
O teu rosto luzia mar
O teu cheiro
A tua pessoa no meu respirar
O teu olhar
A minha sede de ti
A tua voz
O arrepio que senti
Eras tu
Antes foi alucinação
Dona de mim
Dona do meu coração
Luz
Meu abrigo na solidão
Rosa
Flor de minha paixão
Não era sonho
Já não era segredo de meu ser
Não era choro
Foi vontade de mais te ter
No mesmo abraço
Uma recordação de perfume e saudade
Ficarei sempre grato
De sonho passar a realidade
Passou...
Num só luar desfrutava-se passo a passo
O beijo
A união no mesmo laço


Feliz, partilho contigo o mesmo espaço onde na noite o céu e a lua (por entre estrelas cadentes) fazem de nós o mesmo esboço com um só traço…

domingo, novembro 02, 2008

Para sempre de forma diferente...



Uma nuvem pairava sobre mim
Eu estava incrédulo olhando tua sombra
Não reparei que era Outono
Só sei que pestanejava na despedida
Derramava uma lágrima de agradecimento
Um obrigado por existires
Uma duvida se haveria mais presente entre nós
Era uma imagem imaginaria
Uma recordação minha e tua
Adormeci enxaguado em memorias
Pequenas memorias de uma historia
Permanecia no incógnito a sua continuação
O seu final…
Acordei com a sensação de pesadelo
De um sonho na recta final
Era mar dia inteiro
Era tempestade a cada segundo
Sentia em mente todos os trovões em noite escura
Sentia no peito o rasgão de um todo tecido mole
Não havia mais sonho
Não podia esperar mais historia
Tudo começou na queda da primeira pétala
No murchar de uma só rosa
A tua ausência em mim era dor
A tua presença era fogo
Hoje serás uma só lembrança
Eu serei eterno de mim mesmo
Tu serás eterna também de ti
De alguém…
De ninguém…
Seremos para sempre o que fomos
Viveremos para sempre o que já não somos.

Online Videos by Veoh.com