A luz do sol pintada na tela mais velha!: dezembro 2006

segunda-feira, dezembro 04, 2006

(RE)VISÃO



Entre margens rasuradas por mentes obscenas
Navego em mares de luz ofusca
Esculpo corpos em pedras rugosas
Pinto suores em lágrimas numa força brusca
Respiro sem medo do teu principio
Voo sem pudores de criança
Recomeço na tua dança de inicio
Deito pesos e formas na balança
Festejo o regresso da dor em bolo de lágrimas
Despeço-me da noite cinzenta apagado
Reviro os olhos para não ter de te ver
Dispo-me para não ficar frio e magoado
Vou devagar no tempo que corre
Sinto-me preso ao desabafo interior
Chego à pressa da dor que morre
Volto costas a tudo o que foi amor
Grito...
Choro...
E falo até te ver nascer
Penso no sentido inverso da questão
Resguardo na memoria o querer
Vejo a vontade da saudade caída no chão
Invisto na tua sorte esquecida
Olho-te na profundidade do além
Deito sonhos que me dão voltas à barriga
Percorro trilhos que investem em alguém
Apreço-me a chegar tarde
Aguento-me à loucura
Deito lenha no forno que arde
Deito fora remédio que cura

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