Banho de petalas escalfadas...

Banho-me ao som de efémeros sentidos
Ao toque de um só cheiro a sabão
Ao de leve…
Lavo o cabelo do suor da noite
Lavo a mente das quedas infernais
Chegou a hora…
Lá vem o dia…
As sombras que me perseguem caem no asfalto
Os ossos que me seguram quebram barreiras
A tua ausência dá-me calafrios
Escondo-me por entre lágrimas destemidas
Desvio o olhar pra espreitar quem espezinho
Deixo a pele secar ao vento…
Ofegar ao relento…
Deixo poças de lama no fundo
Sinto a areia movediça esbarrar por entre os dedos
Uma lavagem desértica de afrontes
Perco cabelos na esfrega da madrugada
Deixo de te ouvir cantar
Crescem-me asas com formatos de rosas
Penas aguçadas em brilho de pétalas
Não consigo respirar…
Bafeja-me vapores óxidos no sistema!
Voaremos juntos para outro caldeirão
Num só banho lambido de amor…
Ao toque de um só cheiro a sabão
Ao de leve…
Lavo o cabelo do suor da noite
Lavo a mente das quedas infernais
Chegou a hora…
Lá vem o dia…
As sombras que me perseguem caem no asfalto
Os ossos que me seguram quebram barreiras
A tua ausência dá-me calafrios
Escondo-me por entre lágrimas destemidas
Desvio o olhar pra espreitar quem espezinho
Deixo a pele secar ao vento…
Ofegar ao relento…
Deixo poças de lama no fundo
Sinto a areia movediça esbarrar por entre os dedos
Uma lavagem desértica de afrontes
Perco cabelos na esfrega da madrugada
Deixo de te ouvir cantar
Crescem-me asas com formatos de rosas
Penas aguçadas em brilho de pétalas
Não consigo respirar…
Bafeja-me vapores óxidos no sistema!
Voaremos juntos para outro caldeirão
Num só banho lambido de amor…