A luz do sol pintada na tela mais velha!: novembro 2006

segunda-feira, novembro 27, 2006

Desabafo num beijo uma esperança de vida...



Insisto
Não existo
E imploro razões de vida
Corro
Paro
E ando cansado
Grito
Sussurro
E falo de sonhos
Fujo
Escondo
E espreito emoções
Rastejo
Rebolo
E arrasto-me em pesadelos
Pergunto
Respondo
E invento brilhos de personalidade
Tapo
Visto
E dispo-me de sentimentos
Amo
Odeio
E fico indiferente ao que falam e pensam de mim
Inspiro
Expiro
E respiro para quem não sente
Toco
Mexo
E paro de olhar para ti
Leio
Releio
E volto a reler o que não parece ter fim
Compro
Vendo
E ofereço-te o meu coração
Olho
Vejo
E observo a saudade no tempo
Vou
Volto
E chego sem conclusões de amor
Parto
Quebro
E regresso ferido no meu interior
Reparo
Deixo para tráz
E finalizo com um beijo

(*MUAH*)

segunda-feira, novembro 20, 2006

Flor de minha planta



Gravo na minha memória
Tuas pétalas suaves
Teu néctar que me alimenta
Teu toque que me fermenta
Respiro do cheiro
Respiro da dor
Canso-me de te perder
Sonho de ti beber
Retiro de mim o desejo
Devolvo-te a vontade
Enquadra-se no sentimento
Um rascunho do momento
Com o meu olhar te percorro
Com os meus lábios te beijo
Imagino-te em meu redor
Juntos numa noite de calor
Flor do meu desejo
Pétala que me encanta
Perfume que me tira o beijo
Flor de minha planta
Flor de minha planta
Flor de minha planta...

domingo, novembro 12, 2006

Dança Grega



Finges-te minha presa
No rescaldo da noite esquecida
Perdida em lages de corpos
Perdida no seio da vida
Exibes a dança do incógnito
Forneces o alimento do meu saciar
Repetes sons em linha
Foges de mim em alto mar
Decoro-te a frutos silvestres
Saboreio-te o ventre destemido
Trinco-te a dor que tentas despir
Despertas em mim um só sentido
Recuas e avanças a cada investida
Despes-te e danças sons inebriantes
Persegues olhares possuídos em mente
Agarras almas e sonhos de amantes
Trocas o passo no momento
Controlas o ritmo de forma suave
Apoias-te em ombros num abraço
Voas comigo como se fossemos uma única ave
De forma ofegante sentimos o embale
Sem asas num voo chegamos à lua
De olhos postos fazemos o rescaldo
Daquela que foi uma vontade minha e tua

domingo, novembro 05, 2006

Tu e eu sem mim...



Guardo na gaveta razões de dor
Ossos quebrados por pancadas de amor
Gritos esquecidos de uma Deusa perdida
Rastos de sangue de uma vida sofrida
Olhares incolores sob um céu estrelado
Toques de dor de um sonho cansado
Partes de mulher estendidas sem fim
Ondas de mar que rebentam em mim
Arranhões de esgrima repentina
Lutas carinhosas numa mina em ruína
Fortes desejos da cuja vontade
Paga-se bem caro o preço da verdade
Elevam-se medos sem medo de ti
Correm medos com medo de mim
Perdem-se águas em corpo escorrido
Afogam-se máguas em tempo perdido
E brilha no momento toda uma desilusão
Que cansou no tempo o meu coração
Apago a luz pra deixar de te ver
E deixo-te conduzir a razão de viver
Tiro de mim para ti sem a mim me teres
Meto o que há de mim em ti sempre que quiseres
Fujo do sol que me queima a pele doirada
Ofereço-te o mundo, o céu, a estrada...
Voo-o livre de sentimentos usados
Permaneço livre para sonhos ousados
Deixo-te livre de actos cansados
Ficas livre de amores mal amados
Deixo-te só no meio da tua multidão
Fico só com o meu coração

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