A luz do sol pintada na tela mais velha!: abril 2006

sábado, abril 29, 2006

Amor em calva


Contorno as tuas formas deslumbrantes
Com o meu olhar de doce de amora
Atira-me frases estonteantes
Sangra a tua dor cá p`ra fora
Trago a lua a cólo aberto
E as estrelas no meu peito
Os meus olhos de ti tão perto
E os teus lábios num tôm perfeito
Respiro a brisa do teu sopro
Como se estivesse à beira mar
A esperança por tudo o que sofro
E como sofro por te amar...

Assinádo: ...


Sempre situado na lua
Amor e fome no vento que amua
Sempre situado ao luar
Sempre aceso antes de apagar
Rasgando tecidos à sorte
Aliviando as dores de um corte
Amando o ódio virtual
Numa manhã ancestral
Respirando com medo de respirar
Num surdo ouvido de escutar
Ouvindo sem sentir
Partindo sem partir
De longe em longe com lembranças
Casas e casos de andanças
Marés de sonhos e esperança
Amor e ternura não cansa
Assinádo: ...
Por uma criança!!!

sexta-feira, abril 28, 2006

Vamo-nos espezinhar?

Crava o meu espinho
No teu ventre viçoso
Numa forma de carinho
Num estômago guloso
Tira-me os atacadores
E enfeita o teu cabelo
Não quero alimentar as tuas dores
Nem que me acuses de falta de zelo
Penteádos à parte...
A beleza permanece
Um desejo de bela arte
Num frio que aquece...
Sopra-me tempestádes de armonia
Ventos de ilusão
Sopros de agonia
Facádas no coração
Canta-me ao luar
À iluminação das estrelas cintilantes
Deixa-me respirar
Sonhos abertos e distantes
Dores de estômago à parte...
Resourando-me os ouvidos
Ressentimentos de um disparate
Dos nossos olhares repartidos
Estribeiras de encantos
Como ratos de esgoto
Cansádos somos tantos...
De um amor que sabe a pouco!

terça-feira, abril 25, 2006

Morrer de amores


Entre sombras de amor
Escolheste-me p`ra amar
P`ra sofrer com dor
Não me conseguir encontrar
Embrulhaste-me no teu papel de cetim
Com um laço de seda amarela
Procuro me situar em mim
Nesta tela pintáda a aguarela
Sorri-o de lábios perdidos
Entre olhares ao ódio esquecido
Palavras disparadas em todos os sentidos
Um amor que há muito foi vencido
Separo-me do medo trajádo
Viajo por entre ruinas de paixão
Veludo de azul pintádo
Bafejádo no meu coração
Gravo o teu nome no peito
E sofro com a dor
Apetece-me mesmo sem jeito
Alterando um pouco a minha cor
Separo o corpo da mente
Só p`ra te ouvir cantar
O canto de serpente
Só p`ra hipnotizar
Vivo na pressão da sorte
De momentos de solidão
De demónios e morte
De tombos p`ró chão...


(No respirar do sentimento...)

domingo, abril 23, 2006

Vou tentar!



Na grossa rama do pecado
Vejo florir asneiras
No seio do mau olhado
Cravádo em espinhos de roseiras

Procuro a espada do futuro
Para lutar contra os invenciveis
Respirar um pouco de ar puro
E subir a outros niveis
Tento um pouco de oxigénio
Para respirar sem dor

Tento ouvir o génio
Que não fala de amor
É o preço da verdade
Que me faz falar tão alto
É o sonho da realidade
Que me deixa estendido no asfalto

Agora vou tentar ser...
O perigo dos acontecimentos
Vou tentar ouvir e vêr
O que dizem os meus sentimentos

sexta-feira, abril 21, 2006

Como...


Como eu gostava...como eu queria...
Como eu estava...mas como não te via...sentia!
Como adorava...como detestava que não quizesses...
Como pensava que não pudesses...
Como eu ficava feliz...
Como eu te olhava...como se diz...como é que eu consigo ser...como mais que teu amigo?
Como amava ter-te em meu poder e ficares p`ra sempre comigo...
Como...
Como?

segunda-feira, abril 17, 2006

A carta...


Foi na minha pequena,quadrada,mas acolhedora sala que eu recordei os momentos de ternura que passámos,os gemidos,o suor e os corações acelarados dos nossos corpos,as conversas com e sem nexo que tivemos juntos sempre rodeádos por umas nuvens de fumo de cigarros que nos atormentavam as conversas e que nos deixavam com os olhos a arder...É nesse meu canto que eu tenho recordado a tua pele maçia,o perfume que o teu ser carrega,as canções que cantámos,as vezes que nos tocámos,as discussões que tivémos,tal como as vezes que fizémos as pazes,que nos humilhámos um ao outro e que fizémos amor...Lembras-te??
Nunca houve felicidade no teu rosto tépido,nublado,adormecido...Invádidos pelo fumo dos cigarros(que eram uns atrás dos outros),brincámos,tossimos e desvendámos alguns segredos(muito poucos da tua parte)...Mas olha...como a minha sala está mais vazia,pronta a desafios cor de rosa mas sem espinhos e sem escrúpulos,sem "tretas" e falsidades,só e simplesmente com perfume...
Lembro-me mal das notas que tocava para te ouvir cantar,mas lembro-me como me encantavas e sussurravas naqueles dias em que só estavas assim de três em três meses...como era raro receber mimos,carinhos e um bocadinho de amor vindo de ti!Como era raro...Fazias-me esquecer esses dias...
Como foram tantas as vezes que me deixas-te a chorar sem um ombro para me apoiar e como também foram tantas as vezes que me deixavas a fazer-me companhia a mim mesmo e que me abandonaste naquelas horas em que eu precisava mais de ti!Lembras-te??
Eu tenho estado a lembrar-me das vezes em que desabafavas comigo(na realidade,só me lembro de duas ou três e todas por causa dos teus pais!)Como isso era rarissimo!!!
Suspirámos e respirámos muitas tóxinas do clima fumarádo que se encontrava sempre presente nesta minha "salinha"...a paisagem aquática,o som roqueiro e esganiçádo da minha guitarra misturádo com o som da minha aparelhagem e dos filmes,sim,dos filmes,a minha sala também me serve(e nos serviu)de cinema,até os ruídos da nossa..."pornografia"...Lembras-te??
A casa de banho improvisada,a cama que não é cama,o sofá que não é sofá,mas sim,algo às vezes confortável,outras vezes desconfortável,o cobertor que nos abrigou do frio(algumas vezes),as almofadas pouco confortáveis mas úteis e a desarrumação no geral...
Naquilo que eu me havia de lembrar...A desarrumação é sim o presente e talvez até o futuro!É a vida!Tem a ver conosco!Sim também com as nossas ideias e as nossas cabeças...Como eu me lembro de como a tua cabeça era(e talvez ainda seja)desarrumada!Como só o teu perfume abafava o cheiro impestivo a tabaco daquele espaço,lembras-te??
Acho que não!
Acho que na realidade só eu notava isso...
Recordo quando nas tardes de domingo eu te tocava(às vezes com sucesso)e entrava dentro de ti sentindo o teu calor,o teu corpo deixava-me em êxtase,embriagado...como era bom tirar-te a roupa peça a peça,acariciar-te da ponta dos cabelos à ponta dos pés,beijar-te...Lembras-te?? Como só gostaste sempre de ti...
Eu lembro-me e tu????

domingo, abril 16, 2006

Laços

Banhos de imersão
Imergidos no horizonte
Um olhar de ilusão
Um mergulho na fonte
Na fonte da vida
Onde me perco no horizonte
Onde procuro uma saída
Perdido no monte
Tento encontrar paz
Tento andar p`ra frente
Sinto-me a andar p`ra tráz
Na pele de serpente
Agredido por sentimentos cruéis
Enfrento a minha própria dôr
Sinto-me a andar p`ra aqui aos papeis
Dentro deste circulo de amor
Leio no teu olhar
Mensagens escritas em Árabe
Sonhos ao luar
Desejos que ninguém sábe
Segura-me na mão
Debruça-te nos meus braços
Abre o teu coração
Enquanto deslizo nos teus traços
Consome a minha entrega
Planta-me no teu vaso
Como flôr que sem água péga
Plantáda em prato rázo!

sábado, abril 15, 2006

...Brevemente...

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...bombons de cólicas repentinas
...presentes amarrotádos ao acaso
...cabelos envoltos em serpentinas
...gritos de silêncio em atraso
...bocas feias e pintádas
...entre olhares de raiva suja
...pessoas livres e pisádas
...alguém com asas de coruja
...geládos de blôr
...sopas de azeite queimádo
...passos com dôr
...cansádo ou deitádo?
...frases eróticas menstruádas
...perturbando a mente
...uma respiração de pessoas usádas
...tudo...brevemente!!!!

sexta-feira, abril 14, 2006

Um ardor de natureza



















Ardem roseiras
Queimam-se princesas
Intensificam-se olheiras
Entre velas acesas
Rosas flutuantes
No duche de espuma
Olhares distantes
No que arde e fuma
Jardins estragados
Cantando ao efermo
Canteiros pisádos
Tudo a meio termo
Olhos a arder
Bocas descaídas
Mãos a tremer
Lágrimas perdidas
Imagens destorcidas
Beatas grotescas
Águas fervidas
Chá de bestas
Actos de loucura
Preços elevádos
Fome pura
Tecidos rasgádos...

Georgica Zaranza

Em apuros confesso-me delator
De toda uma sorte coerente
De todo um medo com dôr
De todo um todo ardente
Nunca consegui ser suficientemente demagógico
Deixo-me sempre oxidar no passado
Não consigo pensar no que é lógico
Não consigo escrever em privádo
Quero o céu e dão-me a terra
Quero a terra e dão-me o céu
Quero silêncio e alguem bérra
E se ninguém bérra,bérro eu!
Não consigo conversar com o arrependimento
Desiludo a vontáde de querer
Fujo da verdade escondida no tempo
Putrefacta fica a voz a envelhecer
Encontra-se em mim um sortido de sentimentos
Uma revolta sorridente
Um chorar de acontecimentos
Um uívo estridente
São sombras que me seguem p`ra todo o lado
São rastos escritos a carvão
São sábios que me deixam apalermádo
Uma cegueira no coração
Bebo sangue de um púcaro em quarentena
Com asa de um anjo protector
Faço da vida o que a vontáde me ordena
Faço de um sonho o reino de um imperador

DETONAÇÃO

Abre fogo sob a minha crueldade
Dispara-me granadas ou tiros de pistola
Revela-me o dôm de um ser sem idade
Absorve a mentira que comigo não cola
Chora como uma tempestade de Inverno
Lamenta-te como se eu tivesse frio
Deixa os teus olhos arderem tal e qual o inferno
Eu ajudo-te as lagrimas correrem p`ró rio
Enerva-te como raios de trovoada
Mata-me ou casa-me cedo
Corre atrás da tua alma cansáda
Descobre a virtude de perderes o medo
Age como uma máquina de dôr
Grita como um lobo em lua cheia
Foge de mim que sou predador
Actor de amor procurando ceia
Rosna alto como um felino esfomeádo
Como cobra que rasteja a meus pés
Com vontade de me veres deitado
O teu tiro passou-me "résvés"
Luta com unhas e dentes afiados
Arranca-me os pelos das nádegas descaídas
Entra no templo dos desorientádos
Sofre à vontáde sem meias medidas
Agarra na tesoura e corta-me as pestanas
Esfrega-me a berguilha com pó de talco
Faz-me sinais abrindo e fechando as precianas
Lança-me como peça para cima de um palco
Não há tempo p`ra desabafares o teu chôro despreocupado
Nem a vontáde de viveres em vão
Não há sonho que permaneça ousádo
Nem segredos que não tenham razão...

Será possivel?

Cada vez que respiro fundo sinto-me como se estivesse com um aspirador a aspirar-me por dentro?Mas os podres permanecem!?

Às vezes penso só p`ra mim:
-Vou beber água p`ra ver se me purifico por dentro...E no fim tenho a sensação que estou a morrer envenenado!?

Já comi gelo,já me empaturrei de sal e mesmo assim não me consigo conservar,pá!

Aqui à tempo tive 2h. debaixo do chuveiro p`ra tentar lavar a mente,pois o único resultado que obtive foi aquele que eu menos queria...Pois então não foi que quando me olhei ao espelho,tinha o cabelo todo achatado?!Durante 3 meses fiquei sem conseguir fazer o meu penteado habitual!Tive de usar uns dias boné,outros chapéu...!

Depois tentei lavar o meu coração com sabão azul e branco,quando dei por mim `tava já todo riscado!?Quem me mandou a mim usar um esfregão de palha de áço?!?!

Agora sinto-me no dever de pedir opiniões a terceiros antes de fazer algo!
Será que me consigo cansar menos e correr mais se deixar de beber 7up`s e meter-me na s/ chumbo 95?Eu não me importo de pagar mais!

Os cães rosnam e a caravana não se mexe!Incrivel!

O teu ar sedutor
A tua vontade feroz
Faz de mim actor
Num veículo veloz
Fogueiras sem chamas
Olhares ao luar
Corpos a rebolar na lama
Vozes da noite a cantar
Estou?!Só um momento,vou chamar...
Não acredito!Que saudades...
Um amor plantádo à beira mar
Uma historia de vontádes
Um segredo por desvendar
Um provérbio antigo
Uma voz p`ra animar
Um ombro amigo
Parece-me honesto mentir
A verdade é irreal
Nada me apetece ouvir
Sou pecador mas não é por mal
Quem sou eu agora
A viver de tanto sofrimento
A chorar a toda hora
Com dores a todo o momento
Parto sem rumo
Fujo p`ra casa
Entre uma névoa de fumo
E um cigarro em brasa
Escrevo mais uns desabafos
Imagino e conto historias
Mais uns traços,mais uns láços
Mais um enrriquecer de memórias!

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